Conte a sua história



Um dos filmes que mais marcaram a minha adolescência foi “ Forrest Gump : o Contador de Histórias” de Robert Zemekis. Ffilme que fez tanto sucesso que foi o maior ganhador do Oscar em 1994. Ele conta a história de Forrest Gump encenado por Tom Hanks que era  um homem simples do Alabama que viaja ao redor do mundo, se encontra com personalides e históricas e influencia sua cultura,  de um banco de ônibus ele conta histórias.  Penso que a história de Forrest marcou a minha história e de todo o mund, o pois de fato somos apaixonados por histórias e por isso as contamos em músicas, vídeos, filmes,novelas,  livros e em rodas de conversas. Creio no que disse Elie Wiesel que “ Deus criou o homem porque adora histórias” Uma história é capaz de mudar a nossa história, e parafraseando Ruth Stotles : Uma história é capaz de   iluminar o nosso relacionamento com os outros, fortalecer nossa compaixão, de transformar o olhar com que contemplamos os nossos semelhantes confirmando a crença de que estamos todos juntos na tarefa de viver  e de alguma maneira trazer colorido a vida. Uma história bem contada pode nos fazer rir, chorar, refletir, mas de alguma maneira nos faz perceber a vida.
Só experimentaremos a Deus na arte de percebê-lo nas histórias e de encontrá-lo em nossa história que precisa ser contada.
É interessante pois Deus é o nosso Grande contador de histórias que entra na história para mudar a nossa história contando a “história”. O  evangelho é essa história poderosa, viva e real que tem o poder de transformar a nossa vida e começar em nós um processo de podermos escrever uma nova história. Por isso em um tempo como esse que vivemos precisamos recuperar aquilo que foi perdido, que é comunicar o evangelho e vivê-lo contando histórias. Contando ao redor das nossas mesas, tomando um café, em frente as nossas casas, no meio dos corredores da vida.
O Antigo Testamento foi escrito com base na tradição oral dos hebreus, tradição que era passado de pai para filho e  permeia as histórias da Bíblia que nos chama a viver isso e começar a colorir os nossos dias. Prestando atenção as histórias que ouvimos de pessoas, que envolvem suas lutas, vitórias, lágrimas, derrotas e encontros com Deus.
E o interessante no evangelho é que essa história nos traz uma mensagem de que a nossa história ainda está sendo escrita, não estamos no ponto final, o fato de estarmos respirando, vivendo e lendo esse texto, significa que o grande Autor pode reescrever o roteiro e trazer colorido aos nossos dias. Por isso o conselho de Chesterton a uma criança foi: “ Não creia em nada que não possa ser expresso em figuras coloridas”. Pois se não conseguimos ilustrar e contar a nossa história ela se torna irreal, pois ela deve ser explicada de maneira que outros possam “ver”, transformarmos as idéias em histórias. E  isso passa pelo principal que é aprendermos que viver a vida com Deus, é o processo de identificarmos a nossa história que precisa ser contada. Temos dificuldades de contar a nossa história pois não a vemos como Deus a vê. Ele olha para nossas histórias na sua perspectiva: Ele está no controle!
Precisamos aprender a contar a nossa história e nos lembrar de tudo o que Deus fez, e nessa perspectiva sempre contarmos a nossa história. . Percebendo Deus nos detalhes, na condução e direção, identificando o seu cuidado nas cenas que as vezes nem o notamos, crendo  que sempre há um Deus que cuida de nós e nos modifica. Essa é a mensagem que essa geração precisa, ver que existe um Deus presente na nossa história, um Deus que ama tudo isso e por isso criou o homem porque adora histórias.
A dádiva que precisamos oferecer as pessoas é a de partilhar as nossas histórias que envolvem o Deus da história, dar o nosso testemunho. Pois que grande presente é uma história, capaz de ensinar, corrigir os erros, promover mudanças, iluminar o coração e curar feridas.
A única coisa que posso te dizer nesse dia é: “ Conte a sua história”

Marcas de um cristão verdadeiro- Parte 1

Essa é a primeira parte do sermão pregado na Betesda no dia 24/07/2011. É claro que o objetivo dessa mensagem não foi definir as únicas marcas pois poderiamos listar dezenas e dezenas. Mas creio que essas são algumas importantes para nos levar a uma avaliação:

Vivemos dias em que ser cristão é algo que é alvo das mais variadas definições e caricaturas. Reduzimos tanto o evangelho de Jesus que não conseguimos mais definir o que é ser cristão. E assim vivemos dias onde o evangelho de Jesus, o ser discípulo pode facilmente ser “imitado”. Assim como um camaleão consegue se camuflar nos mais variados ambientes, também em nossas igrejas temos pessoas que lá estão, que se veste igual, anda igual, falam igual, mas de fato não são cristãos verdadeiros. É a velha história do famoso Shampoo da década de 80 o Denorex – que tinha cheiro de remédio, mas não era remédio, daí o bordão: “ Parece, mas não é”. Cristãos Denorex (parece mas não é).
O que faz as pessoas se acharem cristãs sem se perguntarem o que faz de alguém um cristão?
Muitas marcas poderiam ser listadas, talvez dezenas, mas listei algumas para essas reflexões:
Creio que existem algumas marcas daquele que se diz cristão, discípulo de Jesus, sem essas alguma coisa está errada. Chamo vocês a uma auto-avaliação:
1ª Marca :  É o novo nascimento ( João. 3.3 )
“ Digo-lhes a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, senão nascer de novo.” Só podemos ser cristãos verdadeiros, nascendo de novo. Pois o cristão verdadeiro  é nascido de novo .É o que Jesus diz: necessário é nascer de novo. Pois se não nascermos de novo não somos cristãos
“ Contudo aos que o receberam, aos que creram no seu nome, deu lhes o direito de se tornarem filhos de Deus.”
( João 1.12) Isso significa que entendemos segundo a Bíblia algumas  coisas importantes:
- Somos pecadores e estamos afastados de Deus pelo nosso pecado e rebelião.
-Somente Jesus Cristo é o caminho para Deus. É através dele que somos salvos, quando entregamos nossa confiança a ele. E isso é uma obra de Deus.
É talvez seja essa a razão porque muitos não conseguem prevalecer em sua vida cristã. Concordam, sabem ,mas  de fato não entregaram a vida a Jesus como Senhor.
Ele é o Senhor, o Kyrios e por ser dono ele quer uma entrega. Entregar a ele toda nossa idolatria, as coisas que tem roubado a primazia de Jesus em nossa vida
2ª Marca:  O  prazer pelas coisas espirituais ( Salmo 63.1)
“ Ò Deus Tu és o meu Deus, eu te busco intensamente; a minha alma tem sede de ti! Todo o meu ser anseia por ti, numa terra seca exausta e sem água.” Aqueles que são nascidos de novo entendem que os mandamentos de Deus não são penosos, não são pesados. O desejo do discípulo é se deleitar na palavra, na oração, na busca do crescimento. Mesmo sabendo que tudo  isso não é algo que tem haver com sentimento mas é pela fé. É pela fé que andamos e recebemos o prazer pelas coisas espirituais. E por isso aquele que é nascido de novo tem outros valores, algumas coisas não entram mais em discussão, pois a sua decisão foi tomada. Jesus é o Senhor, e as decisões da vida passam pelo seu crivo. Ele tem prazer pela  direção de Deus e  não troca coisas espirituais por coisa passageiras.
Mas muitos de nós não temos esse prazer ou porque  perdemos ou porque não nascemos de novo.
Apocalipse 2.4 4. diz: Contra você porém tenho isto: você abandonou o seu primeiro amor. Lembra-te de onde caíste....”
Você precisa fazer uma pergunta: Eu já tive esse prazer pelas coisas espirituais?
3ª Marca: Um comprometimento com a igreja ( Hebreus 10.25)
O verdadeiro cristão está em comunhão com outros irmãos. O crente não é crente em sua casa. Mesmo quando ele é ferido por “falsos irmãos” ele sabe que ainda sim existe “ a igreja”. Pois na verdade a bíblia não dá essa possibilidade de sermos cristãos sem igreja. Por mais que essa seja a moda hoje em dia: “ Ser cristão apesar da igreja; ser cristão fora da igreja”  Somos salvos para a comunidade para andarmos juntos como corpo de Cristo, para celebrarmos juntos aquilo que Jesus fez em nós. Somos de Cristo em meio ao povo dele no uns aos outros Com a igreja.
O vinculo com uma igreja no meu entendimento  é uma discussão quase desnecessária. O vinculo entre o crente e a igreja não é uma opção é um fato. Estar em Cristo é estar em Igreja e isso implica em compromisso com o Corpo de Cristo. Um ajuntamento local de crentes. Pois a Igreja é a família de Deus.
você tem que dar nome a sua igreja. Qual é a sua igreja?

A igreja nos faz ficar com a mente focada em Deus. Nos leva a lembrar sempre que o centro da nossa vida é Deus. De andar com pessoas e amar pessoas de maneira prática. O que de pratico você precisa fazer hoje? Frequentar uma célula? Abrir a sua casa para os relacionamentos? Começar uma aliança espiritual com um parceiro de jornada? Ligar para alguém que a muito tempo você não fala? Cuidar de pessoas?
4ª Marca:  Uma preocupação incessante com o estado espiritual de outros.
Quando entendemos que o Reino é o grande tesouro que encontramos. Nós falamos de Jesus o tempo todo a todas as pessoas. Por isso fale de Jesus o tempo todo, espalhe as boas novas. Pois há urgência o tempo está passando e as pessoas estão morrendo.  A cada minuto 147 pessoas deixam essa vida. Morrem 211.680 pessoas por dia no mundo. A morte é uma urgência. Como disse o Oswald Smith: “Se você não se importa quando falamos de missões há uma grande probabilidade que você não tenha nascido de novo.”Fale de Jesus com as palavras e com a vida. Usemos as palavras de  Francisco de Assis: “ Pregue o evangelho e se necessário use palavras”
Fale de Jesus para  as pessoas, mas fale sobre as pessoas para Jesus.


 
5ª Marca: Uma entrega incondicional para o serviço.
A igreja é a comunidade do serviço e por isso mesmo precisa ser uma comunidade de servos. “Quem não serve não presta”
Jesus  nos chamou para vivermos uma vida não egoísta e dedicação ao serviço aos outros. Em que somos conhecidos como pessoas cheias de amor. Servos andando com a toalha em nossos braços. E esse amor começa com uma preocupação com os de fora e os de dentro que resulta em ações praticas no reino. Servindo ao próximo hoje, dando o seu tempo, abraçando, ouvindo, curando e doando .
Uma declaração que tem sido a minha oração e que vale a pena fazermos é: “Eu quero fazer tudo o que for preciso e necessário para Deus mude o meu mundo, minha família, minha igreja e a minha cidade”
Se entregar ao serviço é
ser luz, e ser luz  fala da posição estratégica, é a cidade edificada sobre o monte e quem não pode se esconder. Não podemos nos esconder. Pois somos chamados para fazer diferença.   Somos chamados para causar impacto onde estamos. A igreja sinaliza o Reino e  chama os homens para a esfera do Reino. O domínio de Deus.  O cristão verdadeiro  mostra o Reino  para que outros vejam as boas obras.Como bem disse o Pr. Ed René Kivitz: “A igreja é responsável por manifestar aqui e agora, a maior densidade possível do Reino que será estabelecido ali e além.”

Temos como cristãos verdadeiros o  papel de preservar. De ser inconformado estrategicamente, de confrontar as obras más, de ser contraste , de  Preserva a pureza fazendo frente a cultura da morte ( aborto), denunciando a injustiça, o racismo, violência, os abusos de todo tipo. Fazendo frente na preservação do nosso planeta.  
E maior questão da inconformação, é dizer:  Eu vou servir a Deus. E isso não tem haver com o que você faz, mas sim com o como você faz. Precisamos de um batalhão de discipulos que construam o Reino e sinalizem inconformados em meio a um mundo que está em trevas.
Conclusão
Não há outra maneira de encerrar fazendo esse convite: você é um cristão verdadeiro? Se após essa marcas elas não fazem parte da sua vida é tempo de fazer uma avaliação profunda, voltar as primeiras obras ou entregar o controle da sua vida a Jesus.
Necessário vos é nascer de novo!

5 votos para obter poder espiritual

Esses pensamentos estão expressos em um dos livros mais profundos que li. Na verdade um livreto, de A.W.Tozer que me chegou as mãos em 2006. Li, meditei, ensinei a igreja e tenho tentando viver esses votos.

Votos que mudam nossa vida:
Em nossa tradição histórica temos muito medo de fazer votos, por medo de não cumpri-los e também  de os associarmos ao legalismo.
Mas na Bíblia encontramos  grande homens de Deus que foram dirigidos por votos, alianças e compromissos. " Os votos que fiz, eu os manterei, ó Deus. Render-te-ei ações de graças." Salmo 56.12 
Se queremos avançar precisamos fazer alguns votos:

1º Voto: Trate seriamente o pecado
Pois o pecado se apega a nós facilmente de maneira que começamos a racionalizar e a tratá-lo de maneiras brandas. Começamos a ter pequenos pecados escondidos que impedem uma comunhão mais plena com Deus. E precisamos lembrar que pecado é poluição que nos afasta de Deus. Nossos pecados devem ser nomeados. TODO PECADO CONHECIDO DEVE SER NOMEADO, CONFESSADO E DEIXADO
2º Voto: Não seja dono de coisa alguma 
Nascemos com o desejo de possuir e nesse processo chamamos tudo de nosso, de tal maneira que não conseguimos repartir e desfrutar. Perdemos a noção  de que tudo que está nas nossas mãos é dádiva do nosso Pai e nos é concedido para administrarmos.
Não ser dono de coisa alguma significa entregarmos tudo a Deus. Deixar tudo a disposição do verdadeiro dono e doador de toda dádiva. Se Deus lhe pedir algo precioso hoje você está disposto a entregar?
Uma grande libertação é viver sem possuir, sermos livres desse senso de posse, pois quando somos livres, podemos desfrutar. 
3º Voto: Nunca se defenda 
A defesa é um dos maiores instintos humanos. E Deus nos dará essa escolha: nos defender ou dar a Ele a chance de ser a nossa defesa e nos honrar. 
Viver livre é viver como Jesus que  " Quando insultado, não revidava;quando sofria, não fazia ameaças, mas entregava-se aquele que julga com justiça." 1 Pedro 2.23  
Como é diferente a postura da igreja e dos cristãos hoje. Mas a chave para experimentar mais de Deus é saber que vivemos para agradá-lo e que nossa reputação está somente nas suas mãos, pois reputação é o que outros pensam de nós e não temos controle nenhum sobre isso. 
4º Voto: Jamais passe adiante algo que prejudique outra pessoa.
O fofoqueiro não tem lugar no favor de Deus. E hoje estamos viciados em saber coisas dos outros e passá-las adiante. As redes sociais tem sido usadas livremente pelo "acusador dos irmãos" 
Maledicência e fofoca são vícios, quando você se acostuma fazer, isto vai dominá-lo. Faça hoje um voto de mudar!
Se você sabe de algo que vai ferir a reputação de uma pessoa, fale para Deus, fale para ela e enterre todo restante
Para nos assentar a mesa do nosso Pai, Ele espera poder nos ensinar como se portar a mesa. E ele não permitirá comer enqaunto não obedecer a étiqueta da sua mesa que é: "Não contar histórias sobre os irmãos que estão asssentados conosco na mesa, não importando onde congregam, a nacionalidade ou acontecimentos passados." 
5º Voto:  Nunca aceite qualquer glória 
Deus é zeloso e Ele não dará sua glória a ninguém!
Diga sempre: Recebe Senhor
Muitos de nós, queremos servir ao Senhor, mas sem percebermos também queremos que os outros saibam que estamos servindo ao Senhor. E podemos ser contaminados nos exercicios mais simples de espiritualidade. Até mesmo ao escrever um artigo como esse para ser lido por outros corro profundamente esse risco. 
O segredo é determinarmos que não iremos receber qualquer glória, mas Deus receberá toda. 
Ao nos comprometermos a cumprir esses votos com a ajuda de Deus e, muitas coisas mudarão em nossa vidas. A graça e o poder de Deus é derramado na vida daqueles que se comprometem a fazer isso. A Ele toda Glória!

Ler ou não ler, eis a questão

Coluna  do Luiz Felipe Pondé para a Folha de São Paulo no dia 25/07/2011. 
Pondé é um dos mais lúcidos dos intelectuais brasileiros, sempre levando-nos a refletir sobre a nossa tendência a hipocrisia e ao " politicamente correto".  
Abaixo a coluna de ontem da Folha: 
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Você gosta de Dostoiévski? Se a resposta for "não", o problema está em você, nunca nele. Uma coisa que qualquer pessoa culta deve saber é que Dostoiévski (e outros grandes como ele) nunca está errado, você sim.
Se você o leu e não gostou, minta. Procure ajuda profissional. Nunca diga algo como "Dostoiévski não está com nada" porque queima seu filme.

Costumo dizer isso para meus alunos de graduação. Eles riem. Aliás, um dos grandes momentos do meu dia é quando entro numa sala com uns 30 deles. Inquietos, barulhentos, desatentos, mas sempre prontos a ouvir alguém que tem prazer em estar com eles. Parte do pouco de otimismo que experimento na vida (coisa rara para um niilista... risadas) vem deles.

Devido a essa experiência, costumo rir de muito blá-blá-blá que falam por aí sobre "as novas gerações".

Um exemplo desse blá-blá-blá são os pais e professores dizerem coisas como: "Essa moçada não lê nada".

Na maioria dos casos, pais e professores também não leem nada e posam de cultos indignados. A indignação, depois da Revolução Francesa, é uma arma a mais na mão da hipocrisia de salão.

Mas há também aqueles que dizem que a moçada de hoje é "superavançada". Não vejo nenhuma grande mudança nessa moçada nos últimos 15 anos. Mesmas mazelas, mesmas inquietações do dia a dia.

Nada mais errado do que supor que eles exijam "tecnologia de ponta" na sala de aula (a menos que a aula seja de tecnologia, é claro). Atenção: com isso não quero dizer que não seja legal a tal "tecnologia de ponta". Quero dizer que "tecnologia de ponta" eles têm "na balada". O que eles não têm é Dostoiévski.

O "amor pela tecnologia" é sempre brega assim como constatamos o ridículo de filmes com "altíssima tecnologia de ponta" comum nos anos 80 e 90 (tipo "Matrix"). Hoje, tudo aquilo parece batedeira de bolo dos anos 50. O que hoje você acha "sublime" na histeria dos tablets, amanhã será brega como os computadores dos anos 80.

Dostoiévski é eterno como a morte. Mas eis que lendo uma excelente entrevista com um psicólogo professor de Yale na página de Ciência desta Folha da última terça (19) encontro um dos equívocos mais comuns com relação a Dostoiévski.

O professor afirma que agir moralmente bem não depende de crenças religiosas. Corretíssimo. Qualquer um que estudar filosofia moral e história saberá que acreditar em Deus ou não nada implica em termos de "melhor" comportamento moral. Crentes e ateus matam, mentem e roubam da mesma forma.

E mais: se Nietzsche estivesse vivo veria que hoje em dia -época em que ateus são comuns como bananas nas feiras- existe também aquele que vira ateu por ressentimento.

Nietzsche acusa os cristãos de crerem em Deus por ressentimento (o cristianismo é platonismo para pobre). Temos medo da indiferença cósmica, daí "inventamos" um dono do Universo que nos ama e, ao final, tudo vai dar certo.

Quase todos os ateus que conheço o são por trauma de abandono cósmico. Se o religioso é um covarde assumido, esse tipo de ateu (muito comum) é um "teenager" revoltado contra o "pai".

Mas voltando ao erro na leitura de Dostoiévski. Do fato que religião não deixa ninguém melhor, o professor conclui que Dostoiévski estava errado quando afirmou que "se Deus não existe, tudo é permitido". Erro clássico.

Essa afirmação de Dostoiévski não discute sua crença, nem o consequente comportamento moral decorrente dela (como parece à primeira vista). Ela discute o fato de que, pouco importando sua crença, se Deus não existe, não há cobrança final sobre seus atos. O "tudo é permitido" significa que não haveria "um dono do Universo" para castiga-lo (ou não), dependendo do que você fizesse.

Claro que isso pode incidir sobre seu comportamento moral, mas apenas secundariamente. A questão dostoievskiana é moral e universal, não pessoal. Pouco importa sua crença, a existência ou não de Deus independe dela, e as consequências de sua existência (ou não) cairão sobre você de qualquer jeito. O problema é filosófico, e não psicológico.

O cineasta Woody Allen entendeu Dostoiévski bem melhor do que o professor.

Carta do Pai para você!

Domingo nas celebrações da Betesda exibimos um vídeo chamado " A Carta do Pai". Creio que ele
resume a expressão de amor demonstrada por Deus o nosso Pai nas páginas das Escrituras. De fato, a Bíblia é a carta de amor do Pai para nós. Veja esse vídeo:


Guardando o nosso coração- ( Uma oração a ser feita)

O que mais preciso é ter o meu coração guardado. Guardado das sutis seduções do poder e dos prazeres desse mundo. Guardado das astutas ciladas do inimigo da minha alma que é apenas um "surfista" que paga as ondas provocadas pelo meu próprio coração. 
Preciso ser guardado da cobiça que está de alguma maneira ligada ao coração humano e que quanto mais é alimentada mais fome tem para devorar tudo ao redor e principalmente a minha alma. 
Preciso ter os meus olhos guardados de toda a impureza, impureza que como disse Jesus: está dentro e não fora de mim, coisas que podem estar guardadas sem eu mesmo perceber. 
Preciso ser guardado do desejo de ser relevante e fazer a diferença de maneira  que me esqueça para que o Senhor me chamou, de maneira  que fique tão cego em direção ao sucesso que ao alcancá-lo corro o risco de ver que foi tudo em vão. 
Preciso ser guardado dos símbolos de poder desse mundo que trazem status e uma sensação de preenchimento e importância que não satisfazem a alma.
Guardado de ter um coração egocêntrico que comece a enxergar o outro na perspectiva da sua utilidade e assim sem perceber eu comece a usar pessoas para ter coisas. 
Peço a Deus para que guarde a minha língua para que com ela não julgue as intenções do coração de outros que somente o Pai pode julgar, que fuja da tendência que há em mim de usar a minha boca como instrumento de maldição e ataque ao meu próximo. Que use os meus lábios somente quando houver algo mais útil que o silêncio.
Preciso ser guardado, da minha mente e dos meus pensamentos que muitas vezes são invadidos por todo lixo que está o meu redor de maneira com que minhas ações reflitam o que nela entrou.
Preciso guardar o meu coração da maldade, de perder o senso do novo, de ver as coisas sempre com expectativa renovada, de poder sempre esperar o melhor das pessoas em cada situação. Guardado preciso  ser da amargura que destrói a alegria, a alma e a vida. 
Oro para que o meu coração seja guardado da dureza e de toda insensibilidade que diariamente se apega a ele sem eu perceber, que eu seja mantido sensível para Deus e para o outro. 
Também preciso ser guardado da pretensão e do auto-engano que é tentação de achar que sou algo que não sou, de viver uma vida com máscaras diante dos homens.
Preciso ser guardado da inveja que sorrateiramente invade o coração dos homens mais gratos, invasão essa que vem com o pretexto do merecimento que diz: " Porque ele e não eu?"
Preciso ser guardado do orgulho que é o supremo mal, pois é o pecado que com frequencia não temos consciencia. Que eu seja livre de me envaidecer, competir e comparar, pois essas são armas letais do inimigo que precedem a ruína.
 Mas a minha oração é para que Deus me guarde de mim mesmo, e da minha tentativa de assumir o controle de mim mesmo. De tentar ajudar o processo que Deus está realizando em mim. Dá me um coração como o teu Pai, que seja preservado pelo teu Espírito e pelo calor do teu amor.
Oro e recebo as palavras sábias de Salomão:  " Sobre tudo que se deve guardar, guarda o teu coração porque dele procedem as saídas da vida." Provérbios 4. 23

Oração feita no dia 22 de Julho de 2011 ás 17h50

Precisam-se de pastores

Precisamos hoje mais do que nunca de pastores  que possam ouvir a Deus e terem os seus  corações pacificados na graça, longe dos pacotes prontos e dos holofotes do sucesso.
A maioria dos pastores ainda sabem  que não devem  tentar entrar em portas que Deus não abriu, e creio essa ser  a crise dos ministros de hoje. O ministério é avaliado pelo sucesso, pela agenda, pelo poder e pela fama. E as demandas e o perfil do ministério pastoral para o século XXI é completamente diferente do perfil dos pastores do século passado, é diferente do próprio perfil das Escrituras. O pior é que entramos no padrão e quando nos vemos sem as conquistas necessárias para entrar no perfil, nos sentimos quase sempre fracassados, desanimados e com dúvidas sobre a nossa vocação. O que precisamos entender é que o chamado de Deus para os pastores desse novo século continua o mesmo que é feito nas Escrituras. Na realidade ele nunca mudou ,mas nós nos fizemos de surdo para não ouvir e desinteressados demais para o modelo que julgamos descontextualizado, irrelevante para esse novo tempo.
Precisamos de pastores que tenham o coração pacificado na graça, que fujam da tirania da agenda para a tranqüilidade e a paz da presença de Deus, pastores que fujam das prioridades que não são prioridades na sua vocação e se dediquem com diligência e dedicação a oração secreta, a meditação, ao tempo gostoso que se passa com Deus, e que se passe tempo de qualidade com a palavra, para que ela se torne para nós Palavra, Verdade, Vida. Que possamos experimentar a Palavra, nos relacionar com a Palavra, pois se for de outra maneira nos acabamos por transformar as Escrituras em mera letra e tornar a nossa leitura da Bíblia em  bíbliolatria.
Precisamos de pastores que descansem em Deus, que o sigam, que sejam fiéis e não corram atrás das oportunidades, pois como já bem disse Charles Spurgeon:

“ Não e o  homem que deve procurar a oportunidade, mas é a oportunidade que procura o homem de Deus.”

Assim foi com Moisés, com Davi, com Amós, com Pedro, nenhum deles se interpôs a ação de Deus em suas vidas, na realidade a oportunidade foi buscá-los e a razão é simples : eram homens que tinham consciência clara das suas fraquezas e da sua inabilidade para com a missão e a oportunidade que haviam sido dadas  por Deus.
Quando assim nos vemos damos chance para que Deus mostre a sua força na nossa fraqueza. Deus procura homens que sejam  tão conscientes de suas fraquezas e de suas incapacidades que a única solução apresentada para Deus seja : “Deus não consigo realizar isso, sou pequeno e fraco, mostra a tua força”.
E o que pode nos alegrar é que a resposta de Deus sempre é : “ A minha graça te basta pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.” Pois na fraqueza não há crédito para a realização, não há crédito para os resultados e para o crescimento, pois não existe maneira de se negar que toda realização e crescimento somente podem ter  vindos de Deus.
Precisamos de pastores que sejam profetas em nossa geração, que não tenham medo de denunciar a injustiça, o pecado, mesmo que isso signifique perder os “favores do Rei”, mesmo que isso  signifique ter a  “imagem” arranhada, ter a  reputação manchada.
Precisamos de pastores que valorizem mais o caráter, a verdade e a justiça em detrimento de pastores que valorizem mais a sua reputação e imagem.

Precisamos de pastores que sejam pastores, que pastoreiem o rebanho de Deus com amor e não com dominação. Que não se utilizem do povo como massa de manobra.
Precisamos de pastores que aprendam a servir e não serem servidos pelas suas ovelhas.
Precisamos de pastores que entendem o seu papel de mobilizar os seus membros para o serviço no Reino, e não mobilizar seus  membros para os seus próprios reinos pessoais de sucesso.
Precisamos de pastores que ensinem a verdade para que o povo venha agir pela graça e pela consciência pura e não motivados pelo medo.
Precisamos de pastores que tenham a coragem de agradar a Deus e não o rebanho mesmo que isso signifique perder  benefícios e o próprio sustento.
Precisamos de pastores que entendam que Deus é aquele envia, capacita e sustenta aqueles que ele enviou.
Precisamos de pastores que preguem a Palavra e não as suas próprias palavras.
Precisamos de pastores que tenham visão de Deus para o Reino e não tenham as suas próprias visões para igreja.
Precisamos de pastores que não preguem paz, quando a palavra é justiça, e que não preguem ira e justiça quando a palavra é paz.
Precisamos de pastores que não se apressem em ir ao povo, mas que estejam indo somente se Deus os enviar.
Creio que esse é o clamor das nossas igrejas hoje: Dá-nos pastores que sejam semelhantes a ti ó Deus para que a tua igreja não pereça. Amém. 
© 2011 Ricardo Capler

Na cultura do jeitinho, basta "pão e circo"!

Lendo no dia 19 de Julho a coluna de Fernando Barros e Silva na Folha de São Paulo, me chamou a atenção, o tema do seu texto que  foi: “ Porque não reagimos a corrupção?” . Pergunta essa que foi feita em primeira estância não por um brasileiro mas por Juan Arias correspondente no Brasil do  jornal espanhol El País.
A conclusão de Fernando Barros é de que não há respostas simples e  existem fatos pragmáticos para não reagirmos a tudo que estamos vendo no Palácio do Planalto e nas estâncias de poder da nação. Fatos que levam a população a uma acomodação, como a melhora de vida de milhões de brasileiros, mesmo sob intensa corrupção, a estatização dos movimentos sociais da UNE ao MST, todos eles recebem dinheiro do governo e de alguma forma foram aliciados. Ou seja é a mesma política da época dos imperadores romanos. A Política do pão e circo. 
Na Roma antiga, a escravidão na zona rural fez com que vários camponeses perdessem o emprego e migrassem. O crescimento urbano acabou gerando problemas sociais e o imperador, com medo que a população se revoltasse com a falta de emprego e exigisse melhores condições de vida, acabou criando a política “panem et circenses”,  a política do pão e circo. Este método era muito simples: todos os dias havia lutas de gladiadores nos estádios (o mais famoso foi o Coliseu) e durante os eventos eram distribuídos alimentos (trigo, pão).
Ao ler esse artigo, comecei a fazer  indagações sobre o tempo e a cultura em que vivemos. Cultura do jeitinho e do  pragmatismo. Jeitinho brasileiro que se acopla a maneira que nos relacionamos com Deus e com o próximo. Pragmatismo que resume a nossa existência e a nossa maneira de nos envolvermos com Deus. Muitas vezes sabemos o que tem que ser feito, mas damos um jeitinho de “aplacar” a esse deus, com nossas oferendas e barganhas. Queremos um Deus que sirva ao nosso desejos. Com o próximo usamos esse mesmo método pois vivemos relações cada vez mais utilitaristas e hedonistas. Só dou valor ao outro na medida em que ele me serve para alguma coisa.
E isso me faz pensar o que falou Paulo sobre: “ Comamos e bebamos que amanhã morreremos” e essa é a lógica pragmática existencialista do nosso tempo, que paralisa o nosso tempo e o nosso povo. A mesma  lógica usada por  Satanás que na tentação de Jesus usou pão, poder e reino. Ou quem sabe no meu modo de interpretar, pão e circo. Pão pois na sua mente era isso que Jesus precisava naquele instante ( matar a fome)  e circo pois ao se jogar do pináculo do templo , isso nada mais seria do que um ato circense, um ato narcisista de idolatria a si mesmo.
  É o que vemos na nossa cultura que se contenta com crescimento econômico, que se alegra com esse crescimento que afinal de contas não pode ser trocado por valores morais e espirituais. Se temos experimentado crescimento e prosperidade, porque protestar? É o que dizemos. “ Os fins justificam os meios!”
A lógica do  Circo,  é alegria dentro da tenda, alegria lúdica e muitas vezes passageira
creio que o   segredo é entender o que Jesus entendia, que o que  vale mesmo não é o pão, mas sim fazer a vontade do Pai, não é o circo, pois viver pulando de trapézios e pináculos do templo  é tentar a Deus e com isso receber as suas consequencias.
Essa lógica que nos amarra não tem nada haver com o Reino, pois a Deus pertence até mesmo o poder temporal e por isso pode ele dizer: Arreda-te Satanás. Viver como Jesus é  Viver a vida na perspectiva da dependência que  nos leva a ver que as coisas como estão não podem ficar do mesmo jeito, elas precisam mudar.  Que como estão elas só podem funcionar na cultura do jeitinho que se basta somente com Pão e circo. 
© 2011 Ricardo Capler

Estamos todos no mesmo barco

O modelo prisional brasileiro é um típico exemplo das nossas neuroses no tratamento com o próximo , nas nossas posições de julgamento e acusação, é um exemplo do nosso papel de “diabos” na vida do outro. Pois podemos observar que o modelo prisional tem servido para perpetuar cada vez mais a marginalidade e a bandidagem na sociedade brasileira, e não tem servido como instrumento reformatório e ressocializante do marginal. 
Pois no fundo no fundo a sociedade precisa de que tenhamos marginais e bárbaros na cadeia para justificar as suas próprias consciências adoecidas, neurotizadas e desalmadas, pois olhamos para um seleto grupo de marginais e podemos olhar para eles comparativamente e dizer : “È vejam só, não estamos tão mal assim , existem pessoas piores". E assim a gama dos nossos erros, mau -cáratismos, desonestidades, e desamores se perpetuam pelo fato de não "sermos tão maus assim" E usamos o próximo como instrumentos de justificativas para as nossas obras más. Sempre há alguém em uma situação pior que a minha, sempre há alguém que é o bode expiatório para as minhas ações.
Essa postura é um arquétipo universal  presente em todas as sociedades, em todas as comunidades, famílias e principalmente dentro das nossas igrejas que exercitam mais o juízo do que a graça nos relacionamentos. Gostamos de viver em uma Lei moral que nos permite não reconhecer que estamos todos no mesmo barco, vivemos  uma Lei que nos dá a oportunidade de nos comparar, de comparar os nosso méritos, os nossos pecados, de nos auto-justificarmos diante de Deus. É que Paulo diz em Efésios 2.  “ Todos nós já nos comportamos assim, fazendo o que queríamos, a nossa própria vontade; estávamos todos no mesmo barco...”[1]   
O problema é que essa é a antítese de tudo o que Jesus ensinou nos evangelhos, que nos mostram que não há justificação por meio da lei, pelos nossos méritos e pelas nossas pseudo-virtudes cristãs. O que Cristo nos ensina é que a graça é a porta, é onde devemos estar e viver, sem crises e sem neuroses, sem culpas forjadas pelo nosso senso de justiça própria.Quando nos vemos assim entendemos que a graça nos justifica e que todos estamos no mesmo barco, que todos somos igualmente pecadores que carecem da misericórdia de Deus.  Não há nada que faça ou realize que me dê condições de ser juiz do meu próximo, que me dê condições de justificar as meus pecados. Não há justificativas.  A graça nos liberta para vivermos conscientes de que não é o que faço e deixo de fazer que me faz aceitável a Deus, mas sim aquilo que Jesus fez na cruz. A graça nos liberta para sermos nós mesmos, longe das nóias e paranóias que nos envolvem na nossa caminhada cristã, nos liberta da nossa síndrome de comparação e de justiça própria. Nos liberta para a solidariedade e para o serviço em relação ao meu próximo. Pois quando compreendo que aos olhos de Deus não há nada que me  faça estar em melhor situação que o meu próximo, aí  eu começo a entender e a  ministrar com amor para aqueles que de alguma maneira estão ainda distantes da graça.  
Quando isso se transforma em nossa prática de vida aí sim podemos amar ao próximo como a nós mesmos.



[1] A Mensagem – Bíblia em Linguagem Contemporânea ( Eugene Peterson) Ed. Vida

Faça "da coisa principal" a principal coisa

A nossa sociedade está inserida numa corrida frenética em busca de nada. Como diz o Eclesiastes: “Vaidade, vaidade tudo é vaidade” que quer dizer : nuvem de nada, ou seja, as pessoas estão em uma busca constante por algo que não sabem o que é.
Correm para um alvo sem saber que alvo é esse. E esse mal do ativismo está inserido como vírus letal na prática de vida cristã da vida moderna, pois só somos e nos sentimos valorizados quando estamos fazendo e realizando alguma coisa.
O texto de Lucas 10.38-42 nos ensina isso, sofremos da síndrome de Marta, corremos atrás de muitas coisas que não nos são necessárias. Mas as nossas prioridades estão tão trocadas que nos auto-justificamos e quando paramos com a tirania da agenda e da pressa, nos sentimos inutilizados e desvalorizados.
A lição que Jesus nos deixou é que uma coisa só é necessária, e prioritária. Precisamos aprender a colocar as primeiras coisas em primeiro lugar. Quando conseguimos vencer a tirania da urgência, os nossos olhos se abrem para uma outra realidade da vida cristã que é talvez entender que nos encontraremos valorizados, abençoados quando entendermos que o grande desafio da vida cristã é aprender a renunciar as coisas que fazemos, principalmente aquelas que de alguma maneira nos dão status, credibilidade, um “nome”. E essa renúncia adquiri a faceta de muitas vezes aprender a sermos deixados de lado, talvez naquela área que nos julgamos mais capacitados e preparados. È um mistério divino saber que os apóstolos mais preparados, aqueles que mais fazem e estão dispostos a fazer são deixados de lado e passam um tempo na prisão.
Quando enxergamos as coisas na perspectiva divina, aprendemos que o ser deixado de lado por pessoas que nos admiram, deixados de lado por parceiros, cooperadores, sem que isso nos amargure é o inicio da auto-descoberta.  Pois isso nos ensina a sermos pessoas que aprendem a dizer : "Deus estou aqui para realizar a sua vontade, mesmo que isso signifique ser deixado de lado, mesmo que isso signifique renunciar aquilo que vem a minha mão e que me serve como uma escada para o meu sucesso."
Por isso a pergunta que temos que fazer nas coisas que realizamos para Deus é : Qual é a minha motivação ? Eu desejo verdadeira e ardentemente realizar a vontade de Deus? Ou esse projeto, ação, palavra ou qualquer outra coisa é apenas algo que me dá prazer e me faz me sentir importante e reconhecido?.
Quando aprendemos o principio da renuncia e  aprendemos a sermos deixados de lado, entendemos também que o que me importa e para onde corro é para ser encontrado Nele. Pois eu sou apenas se sou encontrado Naquele que É.  Longe dele eu não sou. Em Deus eu encontro toda satisfação e significado e a minha vida deixa de ser mais uma corrida frenética e desenfreada, mas sim uma caminhada no Caminho, andando com Ele, aprendendo com ele, aos pés dele assim como Maria.  Só assim viveremos aquilo que  Jesus nos ensinou: que Uma coisa só é necessária . A solução é bem simples e as vezes considerada um clichê, mas muito mais profunda do que isso: “Façamos da coisa principal a principal coisa.”
© 2011 Ricardo Capler

Manifesto Sobre Homossexualidade

           Esse é um manifesto sobre a homossexualidade da  Aliança Evangélica  ( que é um novo orgão que tem representado a igreja evangélica Brasileira ( assim como antes a AEVB)
 
Manifesto de Afirmação da heterossexualidade
Que o Brasil ouça a voz de Deus

A Aliança Cristã Evangélica Brasileira, marcada pelo sentimento de irmandade com todo o povo de Deus espalhado e enraizado neste país, expressa uma vez mais o seu propósito de seguir a Jesus Cristo e afirma o seu compromisso com a Palavra de Deus, que é orientação vital para toda a nossa vida, seja pessoal ou coletiva.
No encontro com a voz de Deus, expressa em sua Palavra, nos sabemos amados e criados por Deus. Não importa quem sejamos e o nome que carregamos, todos viemos ao mundo como fruto desse amor de Deus que é o Senhor de toda a criação e a nós, seres humanos, criou como homens e mulheres.
No decorrer da sua história a igreja de Jesus Cristo tem afirmado esse Deus amoroso e criador e a nossa própria existência humana, como homem e mulher, como fruto dele. Assim como ontem, a igreja faz esta mesma afirmação hoje, incluindo nela a realidade da heterossexualidade. É esta a razão pela qual nos manifestamos contrários à prática homossexual e à sua legitimização e afirmação em nossa sociedade.
Estamos conscientes de que muitas vezes, ontem e hoje, não temos sabido viver adequadamente segundo a marca do amor e da vontade de Deus. Assim agindo, nosso testemunho acerca de um Deus de amor e criador fica comprometido pela nossa própria desobediência, injustiças e idolatrias. Neste processo, no entanto, também descobrimos que Deus, em sua graça, nos permite reconhecer nossos descaminhos e reconstruir nossas vidas. É assim que olhamos para a prática da homossexualidade: um descaminho a ser reconstruído pelo Deus criador, na consciência de que, quando buscado, Deus é encontrado como um Deus de graça.
Estamos conscientes de que há outras práticas que negam o amor de Deus, entristecem o seu coração e desestruturam a nossa vida pessoal e coletiva. Cada uma dessas práticas deve ser reconhecida e caminhos de mudança devem ser buscados. Mas hoje o nosso enfoque está na prática da homossexualidade e na tentativa da sua legitimização e até imposição a toda uma nação.  Nós, como igreja de Jesus Cristo, precisamos nos opor a esta proposta e afirmar a heterossexualidade como a expressão saudável que conduz à construção de uma sociedade de harmonia e bom exercício de cidadania, sob a marca do amor criador e da graça renovadora de Deus. Precisamos também nos manifestar radicalmente contrários a qualquer tentativa de cercear a liberdade de expressarmos, tanto privada como publicamente, aquilo que entendemos ser a boa, agradável e perfeita vontade de Deus para nós, para as nossas famílias e para a nossa sociedade.
Hoje nós conclamamos a nação brasileira, como um estado laico que deve zelar pelo direito de todos, para a construção de uma sociedade que tenha a marca da justiça e do amor e que se oponha ao controle de qualquer minoria que queira patrulhar outros grupos e expressões que lhe sejam diferentes. Hoje, conclamamos a nação brasileira a que se deixe encontrar por Deus através do evangelho, no qual Jesus diz que veio trazer vida em abundância para todos e que todos encontrassem o caminho da sua prática de vida pessoal e comunitária no seguimento a ele.
Por uma nação livre e democrática!
Brasil,  maio de 2011

Coordenadoria da Aliança:
Christian Gills
José Carlos da Silva
Maria Luiza Targino A. Queirós (Nina)
Oswaldo Prado
Valdir Steuernagel
Wilson Costa, Cordenador Executivo

Como é bom ser criança

Hoje pela manhã ao brincar com a minha filha Suzana e observá-la senti saudades da minha infância e aprendi algumas lições importantes sobre o Reino de Deus.
È impressionante que uma das grandes declarações de Jesus sobre o Reino de Deus é que todo aquele que o recebe tem que o receber como uma criança nas suas intenções, motivações e pureza na maneira de enxergar a vida. E essa declaração me trouxe uma nostalgia, uma saudade da minha infância e como no futuro a infância ganha ares de saudade, e lembranças que nos fazem pensar como era gostoso aquele tempo.A infância é marcada por sensações de descoberta do novo, e tudo é novidade, pois ali estamos descobrindo a vida, sem preocupações e malícias.
E tudo que é novo nos é marcante, o primeiro beijo, a primeira namorada, a primeira bola, o primeiro gol, os primeiros grandes amigos, a primeira turma ,as primeiras perdas, as primeiras saudades.
E olhando assim para trás eu tenho saudades do meu mundo de criança marcado por bola, pipa e algodão doce. Rolar na terra, subir em árvore, pular a cerca ,tomar banho de chuva, nadar no riacho, jogar pedra no telhado do vizinho e se esconder, ter como ponto alto nas férias a ida no zoológico e me divertir no circo. Tenho saudades do tempo em que as minhas tardes eram marcados por matinês, filme dos trabalhões, e jogar bola  no final da tarde dentro do quintal.
Tenho saudades da minha espectativa pela chegada do Natal, da família reunida, dos presentes deixados na árvore, das perguntas infantis feitas a mamãe: “ Mãe será que neste Natal irá nevar ?”
Quem me dera pudesse voltar a expectativa do novo, a simplicidade das coisas, a descomplicação da vida, a oração sincera, ao sentimento espontâneo e ao relacionamento sem máscaras. Por que o meu mundo de adulto é tão complicado?
 Talvez seja por isso que Jesus disse para entrarmos no Reino como crianças, não perdendo a responsabilidade, mas vivendo a vida com intensidade e paixão, com o senso da novidade, e com a despreocupação de uma criança que descansa nos braços do Pai.
A doença do mundo dos adultos é ansiedade e a pressa. A cura para isso é sermos como crianças, responsáveis  mas completamente dependentes
Quero recuperar o senso de expectativa para com o novo, crer que o meu dia pode me revelar expectativas e novidades. È hora de aprendermos com as crianças porque delas é o Reino dos Céus.
E hoje mais do que nunca eu olho para trás com saudades e ao olhar para minha filha  digo : “ Como é bom ser criança.”
© 2011 Ricardo Capler

A fé que me ensina a viver


A fé que tenho vivido e a qual me ensina a me relacionar com um Deus que é graça, graça pura, não me permite viver essa pseudo-fé evangélica que está em voga por aí.
 Uma fé que nega o sentimento, a dor , as tragédias, a realidade, com coisa que a simples negação em si, seja o que consolida a mudança, a esperança , a intervenção de Deus.
Vejo por aí pessoas amarguradas, que aprenderam com os seus líderes e as suas leituras absurdas do evangelho de Jesus, a negar a realidade da dor, a declarar o contrário  numa situação de perda, repetir fórmulas mágicas como : Deus está no controle, todas as coisas cooperam para o bem e somente ele sabe , como uma maneira de amortecer a dor e o impacto das tragédias. Não que essas declarações não sejam verdadeiras, mas o problema consiste no crer que o simples fato de declarar essas palavras, resolva a dor, a perda e o vazio que muitas vezes fica nas situações de perplexidade da vida
.A fé que aprendi a viver nos evangelhos é uma fé que nos momentos de tristeza , chora , pranteia, sente falta e olha para perda com saudade.Uma fé que como Jesus nos momentos de tristeza chora, e sabe conviver com as tragédias debaixo da graça de Deus.
Uma fé que como Paulo olha a vida na perspectiva da nossa finitude e que não olha para as tragédias com um sentimento de negação irreal, de uma fé falsa, de uma fé que crê na fé.
 A fé que sobressai das cinzas é aquela que chora e pranteia diante de um Deus que chora conosco, e que nos ensina que fé não é crer no que Deus pode fazer, fé é crer em Deus, crer na sua fidelidade, no seu  conforto, mesmo quando ele não faz aquilo que cremos.                                                                                                                                                                                                                                Uma fé que convive com um aperto no peito e diz : “ sinto falta” , que diz : Por que teve que ser assim” ,  “Não compreendo?” “ Por que? Por que?”     Mas ainda assim encontra razão para levantar a cabeça e dizer : Eu sei para que eu vivo, eu sei para onde estou indo, eu creio em um Deus que se faz presente na  minha dor e me permite na minha perplexidade absoluta  caminhar .Uma fé que não deixa de ser fé simplesmente por que não espiritualiza todas as situações da vida, uma fé que não deixa de ser fé, simplesmente por que não encontra respostas prontas para as situações de dor e tragédia , mas que muitas vezes se contenta com o silêncio e em dizer : Não entendo.
Uma fé que diante de Deus aprende a equilibrar um sentimento apaixonado e esperançoso  com uma razão inteligente que foi dada pelo próprio doador da fé.
Essa fé me permite continuar , sorrir, chorar , sofrer, ser feliz , crer e em algumas vezes duvidar. Pois essa é a vida de um homem no Caminho, até aquele dia em que não haverá mais choro, tristeza e estaremos todos diante do Doador da vida, para sempre, sem perplexidades, pois ali não haverá mistérios nenhum, mas tudo será trazido a luz da presença daquele que é luz e graça. Amém.

© 2011 Ricardo Capler 

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Criando filhos a maneira de Deus

Estamos vivendo um tempo em que os valores cristãos tem sido desafiados. Muitos deles tem caído por terra. E bem por isso, criação de  filhos em tempos de relativismo,  é uma tarefa cada vez mais difícil. Dificil pois temos sido influenciados por psicologias baratas e misturadas com “água com açúcar”, de maneira que opiniões e achismos humanos tem substituído as bases da Palavra de Deus.
O resultado é que esse tipo de psicologia aplicada a criação de filhos, uma psicologia infantil embalada em uma terminologia "cristã"  tem gerado crianças cada vez mais viciadas em ter os seus desejos satisfeitos, uma geração que não sabe ouvir não. Nossa sociedade tem corrompido crianças que se transformam no futuro em adultescentes ( adultos que não crescem nunca) e gerado adultos infantilizados que não conseguem exercer autoridade sobre os seus filhos.
É por sentir essa  necessidade a Igreja Batista Betesda começa nesse domingo pela manhã as 8h45 a nossa nova série de mensagens: “ Criando Filhos a maneira de Deus”
ondeabrodaremos  assuntos tais como: Disciplina, Limites, comunicação na família, papel dos pais e papel dos filho, entendendo a maior necessidade do seu filho entre outros. Pois desejamos trazer a pauta e a nossa prática comunitária aquilo que a Bíblia diz sobre esse assunto.
Por isso o desafio a todos nós é: orarmos, convidarmos o máximo de  pessoas que pudermos  e praticarmos esses princípios de maneira que possamos viver a  promessa de Malaquias 4.6 em nosso meio: 
"Ele fará com que os corações dos pais se voltem para seus filhos, e os corações dos filhos para seus pais; do contrário, eu virei e castigarei a terra com maldição."

Oração para aqueles que querem fazer a diferença

Essa é uma oração que vale a pena fazermos. Ela foi feita pelos monges franciscanos que sabiam as oportunidades que os vales da vida  nos dão. E é essa oração que faço nesse dia: 

“ Que Deus te abençoe com o desconforto diante das respostas fáceis, dos corações duros, das meias verdades e dos relacionamentos superficiais, para que possas viver do fundo do teu coração, onde o Espirito de Deus habita.
Que Deus te abençoe com lágrimas a derramar por  aqueles que sofrem dor, rejeição, fome e guerra, para que possas estender tua mão para confortá-los e transformar a sua dor em alegria.
Que Deus te abençoe com suficiente insensatez para crer que podes fazer diferença nesse mundo e em tua vizinhança, para que corajosamente tentes fazer aquilo que pensas não seres capaz de realizar, mas em Jesus Cristo terás a força necessária para executar.
Que Deus te abençoe para que te lembres de que todos nós somos chamados a continuar a obra redentora de Deus, de amor e cura, no lugar de Deus em nome de Deus, no Espírito de Deus, criando e soprando continuamente nova vida e graça em tudo e em todos que tocarmos.”Amém


Pondé: Filósofo considera o cristianismo moralmente superior


Filósofo afirma por que considera o cristianismo moralmente superior à pregação materialista

Em recente entrevista à Revista Veja, o filósofo Luiz Felipe Pondé, professor da FAAP e PUC, afirmou que considera o cristianismo moralmente superior à pregação materialista. Segundo, o repórter Jerônimo Teixeira, Pondé, além de filósofo é “estudioso de teologia, [e] Pondé considera o ateísmo filosoficamente raso”.

Embora, a maioria dos teólogos esquerdistas esteja revisando sua teologia, onde, segundo o Dr. Claudio Ribeiro (Diretor da Faculdade de Humanidades e direito da UMESP e professor da UMESP) a teologia da libertação esqueceu-se do aspecto festivo, ou seja, vertical; Pondé,  afirma que “a espiritualidade de esquerda é rasa... aloca toda a responsabilidade do mal fora da pessoa... isso infantiliza o ser humano”.

O filósofo demonstra o quanto a sociedade é maquiada em todos seus aspectos, as pessoas vivem a estética da vida e não sua essência. Ele diz, por exemplo, que “os problemas amorosos de hoje são os mesmos, mas, no jantar inteligente, todo mundo diz que vive uma relação de troca plena com seu parceiro. A revolução sexual foi um dos maiores engodos da história recente”.

Segundo Pondé, “tecnicamente, a Teologia da libertação é, por um lado, uma fiel herdeira da tradição cristã. Ela vem da crítica social que está nos profetas de Israel, no Antigo Testamento. Esses profetas falavam mal do rei, mas sem idealizar o povo. O cristianismo é descendente principalmente desse viés do judaísmo. Também o cristianismo nasceu questionando a estrutura social. Até aqui, isso não me parece um erro teológico. Só que a Teologia da Libertação toma como ferramenta o marxismo, e isso sim é um erro. Um cristão que recorre a Marx, ou a Nietzsche – a quem admiro -, é como uma criança que entra na jaula do leão e faz bilu-bilu na cara dele. É natural que a Teologia da Libertação, no Brasil, tenha evoluído para Leonardo Boff, que já não tem nada de cristão. Boff evoluiu para um certo paganismo Nova Era – e já nem é marxista tampouco. A Teologia da Libertação é ruim de marketing. É como já se disse: enquanto Teologia da Libertação fez a opção pelo pobre, o pobre fez a opção pelo pentecostalismo”.

Pondé, que foi ateu por muito tempo, afirma que acredita em Deus “... quando digo que acredito em Deus, é porque acho essa uma das hipóteses mais elegantes em relação, por exemplo, à origem do universo. Não que eu rejeite o acaso ou a violência implícitos no darwinismo – pelo contrário. Mas considero que o conceito de Deus na tradição ocidental é, em termos filosóficos, muito sofisticado. Lembro-me de algo que o escritor inglês Chesterton dizia: não há problema em não acreditar em Deus; o problema é que quem deixa de acreditar em Deus começa a acreditar em qualquer bobagem, seja na história, na ciência ou em si mesmo, que é a coisa mais brega de todas. Só alguém muito alienado pode acreditar em si mesmo.

Pondé abandonou o ateísmo por achá-lo aborrecido, “A hipótese do Deus bíblico, na qual estamos ligados a um enredo e um drama morais muito maiores do que o átomo, me atraiu”.
Ele termina sua entrevista à revista Veja enfatizando que percebe “uma certa beleza, uma certa misericórdia no mundo, que não consigo deduzir a partir dos seres humanos, tampouco de mim mesmo. Tenho a clara sensação de que às vezes acontecem milagres. Só encontro isso na tradição teológica”.

Fonte: Revista Veja

Repercussão: Reinaldo Azevedo

Percepções

Percepções: "Este é um canal direto de comunicação com a membresia e amigos da Betesda. Esse é um espaço onde darei informações importantes e partilharei percepções, insights e minhas opiniões sobre o ser igreja."
Um espaço onde possamos interagir, refletir e escrever as percepções que tenho sobre liderança, igreja, cristianismo. Percepções sobre a vida. Pois para mim a vida envolve de maneira muito entranhada esses três assuntos. 
Porque o nome percepções?
 Porque percepções tem as seguintes definições:
1- Ato ou efeito de perceber faculdade de apreender por meio dos sentidos ou da mente
2 Diacronismo: obsoleto.percepção interna 
(p. opos. à percepção através dos sentidos); consciência
3 -Função ou efeito mental de representação dos objetos; sensação, senso
3.1 Ato de exercer essa função
4 - Consciência dos elementos do meio ambiente através das sensações físicas
Ex.: <p. da temperatura> <p. das texturas>
5-  Ato, operação ou representação intelectual instantânea, aguda, intuitiva
Ex.: as inspiradas p. que criam obras-primas
6 Uso: formal.consciência (de alguma coisa ou pessoa), impressão ou intuição, esp. moral
Ex.: <minha p. deste candidato induz-me a não votar nele> <ensinar a p. do bem e do mal>
7 -sensação física interpretada através da experiência
Ex.: p. da dor e do prazer
8 capacidade de compreensão
E é exatamente o que queremos fazer através desse blog! 
© 2011 Ricardo Capler