Orgulho- Parte 1

Vivemos num mundo competitivo e muitas vezes cruel . E esse mundo nos leva a fazer um marketing pessoal das nossas capacidades, senão ficamos para trás. Exageramos o que sabemos fazer e floreamos a verdade.
Dizemos; “ Eu fiz, eu faço....”. Até quando trabalhamos em equipe temos o hábito de dizer isso. Dizemos: Eu fiz isso, para nos prestigiarmos diante dos outros.
Mas há um outro aspecto: é a questão de que ás vezes somos feridos e nos distanciamos dos outros e nos justificamos. E é no campo das nossas justificativas que começamos a enfrentar as maiores dificuldades espirituais. Pois não nos relacionamos com o outro, porque o outro não presta. Começamos a aplicar aos outros um rótulo. E nos esquecemos que diante de Deus não somos melhores do que ninguém. Esquecemos de que se não fosse a graça de Deus, e que se não fosse Deus em nossa vida, eu faria a mesma coisa que outro, eu cometeria os mesmos pecados. Quando nos julgamos melhores do que os outros, e quando assumimos essa postura diante dos outros, o efeito diante dos outros é negativo quando eles descobrem que não somos quem propagamos
O orgulho é esse vírus, é esse pecado da raça, é um vicio e um vicio do qual com frequência não se tem consciência. Ele é uma “presunção irracional de superioridade.”.
Betrand Russel define esse pecado capital assim: “ Se fosse possível todo homem gostaria de ser Deus, uns poucos tem dificuldade em admitir sua impossibilidade”
De acordo com os mestres do cristianismo, o pecado principal, o supremo mal é o orgulho, foi pelo orgulho que o demônio tornou-se o demônio. Ele conduz a todos os outros pecados
 Ele é extremamente competidor de tal maneira que o sucesso de outros nos  leva a diminuir, difamar, caluniar, protestar aquilo que é visível em outros. Ao invés de reconhecer a graça de Deus a despeito da fraqueza daquele que reflete a virtude.
Se quisermos  ver o quanto somos orgulhosos devemos perguntar a nós mesmos: “ Quando me desagrada ver os outros me desprezarem, recusarem-me a dar qualquer atenção, intrometerem-se em minha vida, tratarem-me com ares paternos ou se exibirem com ostentação?” Pois o orgulho de cada um compete com o orgulho de todos os outros. O destaque de outros me fere, pois desejamos a proeminência, mesmo que ela seja sob o pretexto da humildade. Ele é essencialmente competidor. Por isso vivemos nos comparando e nos julgando sabedores de toda a verdade e de toda a revelação. Quando nos julgamos melhores em qualquer aspecto isso é um claro sinal de que fomos acometidos pelo orgulho.
O contraponto ao orgulho é  a humildade que é nos contemplar pobres e pequenos diante da grandeza de Deus. Ver que qualquer expressão de virtude, dons, talentos e todo tipo de habilidade, vem do Alto do "Doador de toda a dádiva. (Tiago 1.17). Precisamos nos lembrar que “Deus abomina os orgulhosos, mas dá graça aos humildes”  Pois quando achamos que não somos orgulhosos, tanto maior se faz o nosso orgulho. Será que algum de nós está isento desse dragão chamado Orgulho?

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