Quem é você?

Uma das mais inquietantes perguntas do ser humano é Quem sou eu ? Para onde estou indo?  Para que vivo ?Essas  entre outras perguntas  expressam o anseio do ser humano por encontrar propósito e significado na vida. 
Todos nos sentimos realizados quando as pessoas ao nosso redor reconhecem as nossas qualidades e virtudes e teoricamente aquilo que nós somos.
Mas o problema começa a ficar crônico quando percebemos que na realidade não somos o que pensamos que somos e que cada vez mais as nossas atitudes não condizem com a imagem que temos de nós mesmos e principalmente não condiz com a imagem que os outros tem de nós.
Passamos a viver com base nas expectativas que são projetadas sobre nós e começamos a viver uma personagem diante dos homens . E passamos a viver de tal maneira querendo cumprir as expectativas que os outros tem de nós que começamos a ficar sufocados em nós mesmos.
E isso se reflete em todas as facetas da vida humana, principalmente quando se trata do desejo que temos de mostrar aos outros o que não somos para sermos elevados e exaltados nos nossos ambientes cotidianos.  um tempo atrás li uma definição muito interessante sobre status que muito tem haver com a maneira que vivemos :
Status é comprar uma coisa que você não quer, com um dinheiro que você não tem para mostrar para gente que você não gosta uma pessoa que você não é.”
Quem é você verdadeiramente ? Quais são as suas virtudes ? Quais são os seus defeitos? Para que e para quem você tem vivido? Quem te mandou fazer o que você está fazendo
hoje ?
A grande dificuldade que enfrentamos é que não sabemos responder essas perguntas e não sabemos quem nós somos , no que cremos e vivemos auto-enganados, outros até sabem quem são mas para agradar o grupo vivem uma vida que não correspondem ao que são.
A crise do auto-conhecimento nos leva a um labirinto e a uma crise que pode nos levar a dois lugares: a nos encontrar conosco  ou nos encontrarmos com a hipocrisia. O apóstolo Paulo enfrentou essa crise quando no capitulo 7 da carta aosRomanos  quando ele disse que era interessante e trágico o que acontecia com ele “ Pois o bem que ele queria fazer esse ele não fazia , mas o mal que ele tanto abominava esse ele fazia.” Quem era ele pois desejava algo, mas agia de uma maneira diferente, Paulo sabia quem era e quem havia mandado fazer o que ele fazia , ele reconhece nas suas fraquezas uma oportunidade não de se encontrar com a hipocrisia e com um personagem , mas de nas suas fraquezas se encontrar com quem ele verdadeiramente era ,alguém que precisava da graça de Deus para vencer suas crises, defeitos e pecados. Tanto que ele diz que era o principal dos pecadores mas ainda sim a graça de Deus o capacitava a realizar e a ter propósitos e saber para onde ele estava indo, sem auto-engano, sem representações e máscaras.
João o Batista também é alguém que nos ensina o que é conhecer a si mesmo, os seus limites e até onde iria a sua missão , ele acende o refletor, prepara o caminho para que Jesus entrasse e no momento exato sem auto-comiserações e crises de auto-piedade ele diz claramente “ Importa que ele cresça e que eu diminua.” (João 3.30) 
Ele sabia quem o havia mandado fazer o que ele estava fazendo.
Somente debaixo da graça de Deus vamos descobrir quem somos, nos momentos de vitórias e de paradoxos, nos momentos de crises e dúvidas, debaixo da graça de Deus podemos aprender quem somos e assim vivermos de uma maneira sadia, sabendo quem somos , para onde vamos e quem nos mandou fazer o que estamos fazendo hoje.
Esse é o conselho do Senhor para nós: “ Permaneçam em mim e eu permanecerei em vós , pois assim vocês darão muito fruto , pois sem mim nada podeis fazer”. 
© 2011 Ricardo Capler    

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